domingo, 22 de setembro de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

14:01h

As luzes se apagaram, os olhos de fecharam. Ela o fez.
Por algum motivo que ainda não descobriu, ela o beijou. Sentiu seus lábios tocarem os dela, suas mãos na nuca dele...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

15:31h

João era o mistério, um céu nublado. Maria era muito, um alvoroço. Se encontraram por acaso, e, também por acaso, passaram a morar dentro um do outro, nos pensamentos, no coração. Ela passou a ser de João e ele a ser de mais ninguém.
Desde que seguraram suas mãos pela primeira vez, desaprenderam a andar livres. Seus cheiros, sorrisos, olhares, nem Maria ou João saberia explicar. Será para sempre ou até amanhã?
Certo dia, aprenderam a lutar por aquilo que conheceram juntos, o amor, e passaram a cultivar sonhos, respirar sorrisos, fortalecer o laço que seus corpos deram na primeira vez que se entregaram...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

21:42h


Amo quando você me ama, quando faz cachos nos meus cabelos, quando enxuga meu pranto, quando levanta meu rosto para sorrir junto ao meu sorriso, quando me pega no colo, quando cuida de mim, quando dividimos segredos, quando repousa os pés junto aos meus, quando fazemos planos, quando me faz surpresas, quando cozinhamos juntos, quando me esquenta nos dias chuvosos, quando me faz carinho, quando me abraça forte, quando sonha os meus sonhos (...) 
Seria loucura se eu não amasse tudo em você.

sábado, 13 de abril de 2013

Make a Wish! (2 anos)


Há 14 dias, o Demaquilando fez 2 aninhos. E com tanta correria e preocupações, eu acabei por esquecer. "Antes tarde do que nunca" é um modo de fazer com que eu me sinta não tão mal por não ter lembrado.
Já com um lembrete no celular do próximo aniversário do blog, vamos comemorar!
E pra começar, eu reli minhas melhores postagens e percebi o quanto amadureci desde o início do blog, o quanto ele foi importante pra mim nesses 2 anos de existência e o quanto é maravilhoso quando uma pessoa te diz que alguma postagem foi importante em sua vida.
Dessa vez eu queria agradecer especialmente a Deus, pois foram as dificuldades e felicidades que Ele pôs em meu caminho que me tornaram mais forte e me ajudaram a manter o blog.
E, antes que eu me derreta, quero dividir o ato de fazer um desejo antes de apagar as velas. Nos próximos 30 segundos eu gostaria que a pessoa que estiver lendo este post fizesse um desejo.
Quem acompanha o Demaquilando sabe que no aniversário do blog quem ganha presente são os leitores. E este ano escolhi uma parte de um texto que é particularmente muito importante pra mim:

"Vejo um garoto descalço rodear a árvore pela centésima vez. Ouço o bater do seu coração e sinto-lhe as palmas úmidas das mãos e um vago cheiro de seiva quente que sobe das ervas. O rapazinho levanta a cabeça e vê lá no alto o topo da árvore que se agita lentamente como se estivesse caiando o céu de azul. 
Os dedos do pé descalço firmam-se na casca do freixo, enquanto o outro pé balouça o impulso que fará chegar a mão ansiosa ao primeiro ramo. Todo o corpo se cinge contra o corpo áspero e a árvore decerto ouve as pancadas surdas do coração que se lhe entrega. Até o nível das outras árvores antes conquistadas, a agilidade e a segurança alimentam-se do hábito. Mas, a partir daí, o mundo alarga-se subitamente, e todas as coisas, até então familiares, se vão tornando estranhas, pequenas, é como um abandono de tudo – e tudo 
abandona o rapaz que sobe. 
Dez metros, quinze metros. O horizonte roda devagar e cambaleia quando o tronco, cada vez mais delgado, oscila ao vento. E há uma vertigem que ameaça e não se decide nunca. Os pés arranhados são como garras que se prendem nos ramos e não os querem largar, enquanto as mãos buscam frementes a altura, e o corpo se contorce contra o corpo vertical da árvore. O suor escorre, e de repente um soluço seco irrompe à altura dos ninhos e dos cantos das aves. 
É o soluço do medo de não ter coragem. Vinte metros. A terra está definitivamente longe. As casas rasteiras são insignificantes, e as pessoas é como se tivessem desaparecido, e de todas apenas restasse o rapaz que sobe – precisamente porque sobe. 
Os braços já podem cingir o tronco, as mãos já se unem do outro lado. O topo está perto, oscilante como um pêndulo invertido. Todo o céu se adensa por cima da última folha. O silêncio cobre a respiração arquejante e o sussurro do vento nos ramos. É este o grande dia da vitória. 
Não me lembro se o rapaz chegou ao cimo da árvore. Uma névoa persistente cobre essa memória. Mas talvez seja melhor assim: não ter alcançado o pináculo então, é uma boa razão para continuar subindo. Como um dever que nasce de dentro e porque o sol ainda vai alto."

Fragmento de "A minha subida ao Everest",
José Saramago (1973), A bagagem do viajante.


Um beijo e um abraço apertado, Anna Karoline.

sábado, 19 de janeiro de 2013

20:44h

Em um sonho nublado, Ela se via criança. Andava por uma estrada de terra, sozinha.
Conseguia ver o céu pintado de cinza e o sol escondido. Tempestade.
Tempestades vêm para o bem, levam o sofrimento, a dor. Porém, trazem mudanças. Mudanças.
Encolheu-se. Tinha medo em seu coração, que além de medo, guardava força. Força para encarar tempestades. Porque a vida traz tempestades a cada curva.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

17:46h


Ninguém nunca aguentará a dor de ser o que é de verdade. Terá sempre que esconder do mundo uma parte de si.
Às vezes, a parte que se esconde é a melhor do todo, mas também pode ser a pior.